quarta-feira, 15 de julho de 2009

Enfim, algum sinal de vida por parte da Secretaria de Educação

Ontem foi colocada aqui mesmo a reprodução de uma postagem do blog Acerto de Contas de autoria do prof. Pierre Lucena sob o título "O governo está perdido na greve com os professores". Houve resposta da Secretaria de Educação ao que foi publicado no Acerto de Contas. Segue abaixo areprodução da postagem que contém a resposta da SE (o original está aqui).
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A Secretaria de Educação do Estado, de Danilo Cabral, pelo jeito não gostou do comentário do Acerto de Contas de que o Governo estaria perdido na greve com os professores, e resolveu responder. Não gostou principalmente quando disse que ele estava cometendo as mesmas bobagens que eu cometi, de enfrentamento com uma categoria que historicamente é injustiçada.
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Antes de colocar a resposta, gostaria apenas de dizer que estava fazendo uma mea culpa dos erros cometidos (até porque não quero polemizar com o Secretário). A mesma agressividade que a atual gestão coloca na resposta, citando a “herança maldita”, nós fizemos quando assumimos a secretaria de Silke Weber, que é uma pessoa seríssima.

No fim isso apenas vira desperdício de energia. Até porque a Secretaria de Educação possui um modelo de gestão totalmente ineficiente e centralizado, e isso não é culpa do atual Secretário. É um modelo de gestão feito para não funcionar.
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Mas endurecer com os professores não vai adiantar nada. Ninguém sai ganhando de uma greve como essa.

Bom…segue a resposta.
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Educação Responde
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É estranho pensar que alguém possa comparar o radicalismo do Governo Jarbas em 1999, durante a greve dos professores, com a postura do atual Governo. Mesmo porque o momento atual para os servidores públicos, trabalhadores da Educação inclusive, é de ganhos, sobretudo com a instalação da Mesa Geral de Negociação pela secretaria de Administração, significando um canal aberto de diálogo entre Governo e servidores para tratar todas as demandas financeiras das diversas categorias – medida nunca vista em Governos anteriores.
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Também é estranho ler que a atual gestão esteja perdida no enfrentamento à greve dos professores, quando todas as medidas estão sendo tomadas para garantir que as escolas não parem suas atividades neste período. E isso não é radicalismo, muito menos são atitudes consideradas sem valor ou mesmo como “bobagens”. Cortar ponto de grevista, quando o movimento foi considerado ilegal, e substituí-los por temporários para garantir o cumprimento do currículo escolar são decisões sábias e estratégicas de um Governo que tem compromisso com a educação e com as famílias pernambucanas.
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Como foi dito no comentário publicado hoje neste blog, a realidade da política a partir do final dos anos 90 precisa mesmo ser relembrada por todos que viveram àquela época. As “bobagens” feitas pelo Governo Jarbas/Mendonça não podem ser justificadas dizendo que eles pegaram um Estado quebrado. Se for assim o que dizer de 2007, quando o atual Governo assumiu o poder?
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Pegamos uma secretaria de Educação com a maioria das escolas apresentando problemas na estrutura física. Seis telhados desabaram no primeiro trimestre, levando o Estado a interditar outras 72 unidades para fazer serviços de emergência; 508 unidades não passavam, há mais de dois anos, por nenhum tipo de manutenção em sua estrutura física e existiam 289 matrizes curriculares nas escolas estaduais. Os alunos não tinham sequer material escolar e fardamento e os jovens do ensino médio não recebiam merenda e só tinham os livros que eram enviados pelo MEC. As escolas em tempo integral eram apenas 13, beneficiando uma minoria – apenas 4,5 mil alunos. Hoje são 103 unidades e quase 40 mil jovens
matriculados.
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Também é importante destacar os investimentos na política de valorização dos trabalhadores da educação. Entre os anos de 2007 e 2008, mais de 50 mil capacitações foram realizadas e três mil oportunidades de especialização foram ofertadas. Nos oito anos do Governo anterior contabilizou-se 1.300 especializações. Sem falar no Programa Professor Conectado, no Bônus por Desempenho, no vale livro para a Bienal, nas assinaturas de jornal e revista e tantos outros benefícios, que foram implantados pela atual gestão e que hoje já são direitos adquiridos pela categoria.
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De fato, 10 anos depois a realidade é outra, mas o atual Governo sabe que precisa continuar avançando e que uma educação plena, desejável, não se consegue em curto espaço de tempo. Hoje o Governo trabalha para recompor o salário dos trabalhadores da educação, cujos últimos ganhos significativos aconteceram em 1995 - na gestão do ex-governador Miguel Arraes. É preciso ser lembrado que foi nessa época a implantação do Plano de Cargos para os profissionais, uma conquista reconhecida pelo próprio Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintepe) e dado um reajuste de 27,46%.
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Na gestão Jarbas/Mendonça o que se viu foi uma desvalorização da categoria, sobretudo na questão salarial, cujos reajustes dos oito anos, somados, chegaram a 19,7% - uma média anual de 2,4%. Acredito que essa seja a imagem que deve mesmo ser jogada no lixo.
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Por fim, esclarecer que todas as respostas sobre a paralisação de parte dos professores estão sendo dadas à sociedade, à imprensa e aos professores pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Administração – responsável direta quando o assunto é greve e a reivindicação é salarial, independentemente da categoria.

4 comentários:

  1. Engraçado, mas a nota fez questão de retirar Danilo da responsabilidade pela negociação com a categoria. Como isto pode acontecer se ele, infelizmente responde pela educação no estado? Além de incompetente administrativamente, ele também é covarde.

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  2. A responsabilidade pela negociação não é apenas da Secretaria de Administração. Esta é mais uma das inverdades ditas por esse governo. Danilo deveria estar "encabeçando" esse momento, para ver a insatisfação dos professores, fruto da sua incompetência como secretário. Também, quem mandou colocar a frente da Secretaria de Educação um auditorzinho que nada entende de educação? Ainda está em tempo, governador, de tentar salvar um mínimo de prestígio (que é quase nulo) colocando pra fora esse incompetente junto com o Secretário de Administração. Ambos são uns inúteis.

    Profª Clea

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  3. A responsabilidade pela negociação não é apenas da Secretaria de Administração. Esta é mais uma das inverdades ditas por esse governo. Danilo deveria estar "encabeçando" esse momento, para ver a insatisfação dos professores, fruto da sua incompetência como secretário. Também, quem mandou colocar a frente da Secretaria de Educação um auditorzinho que nada entende de educação? Ainda está em tempo, governador, de tentar salvar um mínimo de prestígio (que é quase nulo) colocando pra fora esse incompetente junto com o Secretário de Administração. Ambos são uns inúteis.

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  4. Concordo com a Cleá, quem é Danilo Cabral ou Paulo Câmara, para questionarem reinvidicações dos professores? Nada! Nada mais são do que fantoches de Eduardo Campos. Danilo Cabral é um covarde, inutil e incompetente, por isso se esconde da cateogoria! É uma pena quando penso que votei em Eduardo, mas ano que vem corrigirei este erro!

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