sexta-feira, 31 de julho de 2009

Punição a prazo e a reposição de aulas mais imbecil de todos os tempos

Eis a nota oficial do governo sobre a greve, as punições e as reposições de aulas:


Conforme a posição do Governo do Estado de retomar imediatamente as negociações com o Sintepe tão logo fosse finalizada a greve da educação, realizou-se nesta manhã (31) uma reunião que contou com a participação do secretário de Administração, Paulo Câmara, do secretário de Educação, Danilo Cabral e da diretoria do sindicato. No encontro, ficou acertado que será priorizada a discussão dos itens não financeiros da pauta de reivindicação da categoria tendo, inclusive, constituído comissões temáticas que já se reúnem nos próximos dias.
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A categoria também pleiteou a revogação das medidas administrativo-disciplinares adotas no período da greve - que foi decretada ilegal pela justiça -, além da suspensão dos descontos dos dias não trabalhados. Em resposta, a Secretaria de Administração (SAD) ratificou o teor da portaria conjunta SAD/SE nº. 66, de 8 de julho, com uma série de medidas que foram adotadas para assegurar o retorno do semestre letivo e garantir o direito constitucional do alunos aos duzentos dias letivos.
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Assim, fica mantida a apuração de casos relacionados aos servidores ocupantes de cargos de direção escolar; lotados em escolas de referência e com contratos temporários, como também o desconto. Para esse item, o Governo se propõe a realizá-lo de forma escalonada nos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro para que o servidor não sofra o impacto em uma única vez.
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REPOSIÇÃO - A Secretaria de Educação vai publicar no Diário Oficial da próxima terça-feira (04) as recomendações e diretrizes para que as escolas apresentem às Gerências Regionais o seu calendário de reposição dos dias parados. A partir da publicação, as unidades terão 10 dias para propor o calendário que será obedecido pelos professores temporários, contratados pelo Estado no período da greve. Hoje, 650 profissionais contratados já estão nas escolas. Outros 1000 que foram aprovados na última seleção simplificada também vão chegar à rede estadual e serão distribuídos de acordo com a necessidade das escolas.
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BALANÇO - Na última quarta-feira (29), o Governo do Estado realizou o pagamento dos servidores ativos da Secretaria de Educação. Foram pagos os salários de cerca de 37 mil servidores e aproximadamente 3.500 tiveram os pontos cortados e só receberão no dia 5 de agosto.

9 comentários:

  1. Tenho turmas de 3º ano que tiveram apenas 15 aulas durante este ano. Me afastei no primeiro semestre inteiro sob licença médica e a Secretaria de Educação só enviou substituto no segundo bimestre. Bastei fazer uma greve e as poucas semanas ausentes serão repostas por um substituto enquanto eu já estou de volta ao trabalho. Por conta de minhas faltas durante a greve, minhas turmas contarão agora com dois professores de História ao mesmo tempo mas não tiveram ninguém enquanto eu estava doente! Que beleza!

    Algum gênio da Secretaria de educação sebe como funcionará esta palhaçada? Como será o planejamento? Quem fará o acompanhamento do desempenho dos alunos? Enfim, algum sabichão da Secretaria de Educação já viu alguma ideia idiota dessas ser aplicada em algum lugar?

    Considerando "soluções" brilhantes como essa, podemos medir a competência de quem está conduzindo os rumos da Secretaria de Educação!

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  2. Não é à-toa que Pernambuco paga o pior salário do Brasil, fazendo uma avaliação a culpa e nossa e dos membros do sindicato que não sabem fazer uma estratégia no movimento de paralisação e todas as vezes perdemos e somos humilhados pelo sociedade e alunos pois voltamos sem nada sendo assim, merecemos ficar em último lugar do Brasil lutas e lutas fracasadas sem ganho real nenhum , resumindo somos uma merda mesmo junto com os dirigentes do nosso sindicato

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  3. Albênia disse...
    Afastei-me 40 dias por licença médica e meus alunos ficarm sem aulas, os professores que saem para fazer cursos, os que estão no Gestar por exemplo,não são substiutídos, no período de greve o governo demonstrando seu instinto perverso contrata professores ilegalmente apenas para massacrar ainda mais a categoria. Já não basta pagar o pior salário do Brasil?
    Eu não quero acreditar que, daqui para as próximas eleições os trabalhadores em educação esqueçam todas essas humilhações e tenham coragem de votar nesse insano Eduardo Campos.
    Não quer nos pagar o que deve,mas, soube que este, já está pensando num "valor razoável" para nos bonificar na Bienal.
    Deveríamos, devolver em massa, fazer protesto na Bienal, estar presente denunciando em todos os locais desmentindo esse ditador, esse doente.

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  4. Paulo,
    Assim como você, tenho muitas dúvidas porque passei por uma cirurgia em 2007, tirei licença de um mês e aconteceu o mesmo: ninguém para me substituir!
    Mas eu ainda vou além: na escola em que trabalho, chegaram apenas quatro substitutos para uns 12 professores em greve. Pergunto: quem irá repor essas aulas de disciplinas em que não houve (e não haverá) substitutos?
    Outra coisa: como será essa reposição? Os substitutos vão seguir nosso planejamento? Porque planejei tudo tranquilamente e, próxima semana, trabalharei os conteúdos relativos à próxima semana. Os anteriores? Minha substituta deverá se encarregar. Ela não tem material? Não sabe como proceder? Vai trabalhar o que quiser, sem se preocupar com conteúdos? Que pena, essa parte não já não é comigo...

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  5. Tenho a sensação, que o Estado criou um conceito interessante, o de participação( através da mesa de negociação), que não há efetivamente participação alguma, ou seja, os trabalhadores estão participando com o pescoço e o Estado com a guilhotina. Acho, não tenho certeza, que negociar com o estado é, implicitamente, comungar com suas mentiras e lorotas. Não acredito no diálogo entre o lobo(estado) e oas galinhas(povo).Um abraço.

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  6. Pois é resumindo o comentário de todos, sou formado em matemática e Física e não chegou um substituto sequer para meu lugar, quem irá repor então essas aulas? Eu é que não vou, já foi descontado! isso me retira qualquer responsabilifdade o estado que assuma a responsabilidade dessas aulas não dadas. O que estou vendo é chegar substitutos inexperientes, sem qualquer formação acadêmica nas escolas, por qualquer R$ 200,00, esses profissionais deveriam ter o nome arquivado em um banco de dados e serem proibidos de assumirem qualquer concurso publico na área de educação! Se bem que levando em consideração que maioria não verá a cor de um centavo dos R$ 200,00, é bem feito não nos apoiar!Isso o estado não divulga!

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  7. Adriano Emidio... vc está preocupado? rsrsrs - ou com medo que seu subtituto tenha mais qualidade em sala de aula que vc? e que seus alunos prefiram o professor sem experiência e com vontade de que muitos dos professores ja concursados que não tem qualidade nenhuma em sala? kkkkkkkkkkk - o medo de ser ridicularizado kkkkkkk não só vc....

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  8. Não entendi o "anônimo", que de principio, por não ter um nome nem poderia ser ouvido ou lido.Se ele quis por em dúvida a competência do professor concursado e aprovado segundo as regras estabelecidas pela mesma secretaria que não aprovou o substituto, faltou refelexão da parte dele para concluir o óbvio. Porém se o "anônimo" se dispõe a dar uma aulas, digamos mirabolantes e provavelmente descontextualizadas para agradar alguns alunos e tentar tomar a vaga do colega, péssima conduta.
    Achei que está no blog errado e posso afirmar com a experiência de 37 anos de luta, na rede pública e privada, tendo sido professor inclusive deste que nos governa, pude entender hoje, porque os enfermeiros não formam filas para substituir colegas e pessoas que pensam com você o fazem.

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  9. Também não entendo a discussão sobre reposição das aulas, ou vejam se estou senil: Se as aulas serão descontadas, nada tenho a repor, fui punido. Se não fiz greve e seguindo orientação dos nossos “guias” e experts em Educação deveríamos dar aulas mesmo que houvesse apenas um aluno, decisão deles e foi obedecida. O que querem agora?
    Ah entendi! Estão preocupados com os conteúdos não ministrados, mas e não foram? Mesmo que fosse para apenas um aluno. Seremos então punidos, professores não grevistas, grevistas e os pais que enviaram seus filhos para a escola seguindo orientação dos “guias”.
    A verdade é cristalina: Já nos perguntamos quantos dias de aulas em escola pública estes nossos guias já vivenciaram? Ensinando ou aprendendo? Pesquisem onde estudaram os secretários de governos e diretores executivos de nossa secretaria de educação, umas têm sotaques bem distintos de nossa região. Posso assegurar que alguns estudaram em cursinho famoso (à época) na rua dom Bosco e tiverem este que escreve como professor.
    Portanto, eles não sabem nada de escola pública e, portanto, por mais que se esforcem, não falo politicamente ou vislumbrando tais carreiras, só conseguem criar estratégias falidas e normas pedagógicas equivocadas.

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