sexta-feira, 3 de julho de 2009

Governo fortalece a casta dos fazendários em detrimento dos servidores da saúde e educação!

Altos funcionários da Fazenda são os verdadeiros beneficiados
pelas ações do governo Eduardo Campos


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O governo de Pernambuco está dando uma demonstração inegável de abuso e de descaramento. Sem fazer alarde sobre isto, o governo está criando um absurdo: resolveu conceder aos auditores da Fazenda ganhos que superam o teto de remuneração definido pela Constituição, ou seja, os auditores receberão remunerações inconstitucionais!

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Os fazendários poderão receber R$ 23.000,00 mensais. Pernambuco possui 552 servidores prestes a receber este montante. Se cada um destes privilegiados receber tal distinção, os cidadãos pernambucanos irão bancar estas super-remunerações que custarão R$ 12.696.000,00 por mês. Este valor corresponde aos salários de cerca de 12.000 professores que recebem o piso salarial pago pelo governo estadual. Enfim, para o governo, 552 magnatas da Secretaria da Fazenda valem 12.000 professores!

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Enquanto os servidores da saúde estão em greve que já supera os 20 dias e há uma relutância do governo em acatar o reajuste legal dos salários dos professores, eis que são criados privilégios ilegítimos para beneficiar uma casta do serviço público. E, diante dessa situação, como o governo tentará justificar sua suposta preocupação com a saúde e a educação?

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Só para registrar: o projeto de lei que fortalece a casta dos fazendários, mesmo sendo obra do governo, foi proposto na Assembléia Legislativa pelo deputado Isaltino Nascimento (PT).
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PS:
Apesar de haver na Assembléia Legislativa representante ligada aos trabalhadores da educação (que é governista de corpo e alma), foi um deputado do abominável DEM que fez uma declaração em defesa de nossa categoria em relação a este novo episódio. O líder da oposição, Augusto Coutinho, afirmou que "se como os professores, que ganham menos, o governo não cumpre a lei, por que cria um precedente inconstitucional com os auditores?"

4 comentários:

  1. Acho totalmente equivocada a postura de vcs de tentar colocar uma classe contra a outra. Os fazendários são tão assalariados quanto os professores. Ao invés de fazerem as vezes de Pedro Eurico, vcs deveriam estar mais preocupados em lutar pra melhorar o salários de vcs e não tantar dividir os trabalhadores.

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  2. Criticar esta ação que eleva uma parte dos servidores à condição de recebedores de remunerações que vão além do teto constitucional não é equívoco, é dever!

    Francamente, nunca vi solidariedade dos fazendários em relação às mobilizações dos trabalhadores da saúde e da educação, que são essencialmente os mais importantes servidores públicos pela relevância de suas funções para o bem-estar da população.

    O resto, caro Fazendário, é discurso vazio!

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  3. Seria cômico se não fosse trágico o fato do governo alegar não ter dinheiro para investir em reajuste dos servidores da educação e da saúde e se propõe em considerar aumento exorbitante dos fazendários. Qual é a prioridade deste governo afinal? por quê ele, o governador não coloca em cartazes nas principais avenidas e brs do estado este "afago" aos fazendários e explica a população o motivo de cada fazendário merecer ganhar o equivalente ao que é pago à mais de 20 professores?
    Bem... o nosso secretário é administrador quem sabe ele próprio não esclarece...

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  4. Dizer que Tereza Leitão não fez nada é injustiça! A deputada fez, sim. Mas não pelos professores e sim pelos fazendários. Antes de Isaltino, a proposta foi apresentada por ela, mas como tinha um "erro técnico" a proposta foi adiada!

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